quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O que saber sobre a dengue?

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica, síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.

Tipos

O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.

Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.

Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.

Dengue Clássica

A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, entre outros.

Causas

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.

Sintomas


Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são:

Febre alta com início súbito (39° a 40°C)
Forte dor de cabeça
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
Perda do paladar e apetite
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
Náuseas e vômitos
Tontura
Extremo cansaço
Moleza e dor no corpo
Muitas dores nos ossos e articulações
Dor abdominal (principalmente em crianças).
Gripe x Dengue

Muitos casos de dengue são descobertos e tratados tardiamente pelas semelhanças que a doença possui com a gripe, deixando o paciente menos preocupado em encontrar um tratamento adequado. Há situações também em que a pessoa pode desconfiar de dengue, mas que uma simples análise dos sintomas pode eliminar essa suspeita. A principal diferença entre a febre da dengue para a da gripe é que, no caso da gripe, surgirão sintomas respiratórios normalmente nas primeiras 24 horas após o início da febre. Além disso, espirros, tosse e a produção de muco no nariz são sintomas comuns da gripe. A dengue não causa sintomas respiratórios por que o mecanismo da doença não afeta o sistema respiratório, como é o caso da gripe.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mitos e Verdades sobre a gripe

A gente sabe que nesta época do ano todo cuidado é pouco com as nossas crianças. Um dia mais frio, o contato com um amiguinho doente, uma brisa no fim da tarde... e lá vem a gripe.

 

Mas será que é assim mesmo?

Será que abrir a geladeira ou sair com cabelo molhado faz a criança ficar gripada? E o que acontece se ficar perto de uma pessoa com gripe.

Confira abaixo essas e outras dúvidas das mamães e garanta um inverno mais saudável:



Mitos e Verdades sobre a gripe Parte 1



Mitos e Verdades sobre a gripe Parte2

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Alimentos que provocam engasgos e riscos de afixia em crianças

Engasgo que pode levar à asfixia é um importante problema de saúde pública que preocupa a maioria dos pais. Riscos de asfixia são principalmente associados a alimentos (cerca de 60% dos casos), moedas e brinquedos.

Crianças menores de 3 anos merecem atenção especial quanto aos alimentos a que são expostas, uma vez que essa é a faixa etária com maior probabilidade de engasgo.

Por que crianças pequenas estão mais suscetíveis a engasgos?

As crianças são dotadas de reflexos naturais involuntários que as protegem contra a aspiração de alimentos durante a deglutição. Tosse, fechamento da glote e reflexo de vômito são exemplos dessa defesa natural.

Por volta dos 6 meses de idade os primeiros dentes, os incisivos, começam a aparecer e até cerca de 18 meses os primeiros molares, responsáveis pela mastigação e moagem dos alimentos, já nasceram.

Apesar de todo preparo natural as crianças são mais suscetíveis a engasgos do que os adultos porque há algumas limitações que as tornam mais vulneráveis. A força do ar gerado pela tosse de uma criança é menor do que a força exercida por um adulto, fazendo com que esse reflexo seja menos eficaz para desalojar uma obstrução parcial das vias aéreas. Outro aspecto diz respeito à maturidade do processo de mastigação e deglutição: embora os dentes já estejam presentes, as habilidades mastigatórias maduras levam mais tempo para estarem plenamente desenvolvidas.

Se somarmos esses aspectos ao reduzido diâmetro das vias aéreas superiores dos pequenos, entendemos melhor porque as crianças tem risco aumentado para engasgos e asfixia. Fatores comportamentais também podem aumentar o risco. Altos níveis de atividade durante o ato de comer como caminhar ou correr, conversar, rir ou comer rapidamente e ainda brincar de jogar uma comida no ar e pegá-la com a boca ou encher muito a boca com alimentos aumentam as possibilidade de obstrução das vias aéreas.

Quais alimentos são mais perigosos?

Alimentos com formatos ovalados, arredondados ou cilíndricos são os campeões para o risco de asfixia por apresentarem o mesmo diâmetro das vias aéreas superiores de uma criança. Alimentos duros que exigem maior trituração e moagem também são mais perigosos devido a pouca capacidade de mastigação plena dos pequenos. Alimentos pastosos e pegajosos, com capacidade de “colarem” nas paredes da garganta também podem obstruir as vias aéreas e reduzir a passagem de ar.

Dessa forma, os adultos devem ter muito cuidado ao oferecer alimentos que se encaixam nessas categorias:

- Salsichas e linguiças;
- Amendoins, sementes, nozes e outras castanhas;
- Pipoca, principalmente as mal estouradas;
- Quantidade grande de pasta de amendoim, cream cheese;
- Balas e chicletes;
- Pedaços grandes de carnes e queijos duros;
- Marshmallows,;
- Salgadinhos (principalmente duros como a batata-frita e similares).
 
E especialmente para os menores de 2 anos, além dos alimentos acima, atenção especial aos abaixo listados:

- Uvas inteiras, uvas passas;
- Casca de fruta e frutas duras cruas (como a maçã e a pêra verde);
- Vegetais duros crus e verduras cruas;
- Alimentos em forma de cordão (exemplo: broto de feijão, espaguete, verduras cortadas em tiras como repolho ou couve).

Como dentre os perigosos há alimentos nutritivos e recomendados para a faixa etária basta um cuidado especial na forma de apresentação para que não haja risco de engasgo. Uvas
cortadas na longitudinal (no sentido do comprimento), vegetais duros, como cenouras, cortadas em palitos (no formato de batata frita) e picar bem alimentos na forma de cordão são alternativas para que não haja exclusão de alimentos nutritivos, mas sem surpresas durante a refeição.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWbUNDQ2NmZVloU28

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Desfralde, quando é a hora?

E agora? Já é o momento? Como fazer? Pinico ou adaptador de vaso sanitário? Essas e outras mil perguntas surgem na cabeça das mamães no momento do desfralde; mas calma, estamos aqui para ajudá-la a passar por esse momento com mais tranquilidade e segurança.

Para retirar a fralda da criança é um processo que exige muita paciência dos pais, pois, umas levam poucas semanas, outras, demoram meses para conseguir. Algumas pessoas nem imaginam que um simples uso do vaso sanitário possa ser um avanço tão significativo para a criança.

Um dos primeiros sinais de que seu bebê está crescendo e criando autonomia é a tal “hora de largar a fralda”. Trata-se de um marco em seu desenvolvimento que dá ao bebê o início de alguma ação que ele faça sozinho, para a alegria ou desespero (depende do ponto de vista) das mamães.

Juntamos algumas das principais perguntas que surgem nesta fase tão importante do seu bebê.

1- Quando devemos começar?


A partir dos 18 meses a criança começa a ter o controle sobre um músculo chamado esfíncter na qual lhe dará o controle sobre o xixi e o cocô, esse é o momento de começar a pensar no desfralde. O desfralde acontece entre os 18 e 24 meses devido o desenvolvimento psicomotor de cada criança. As meninas, em geral, largam as fraldas antes que os meninos.

2- Meu bebê está preparado?

Você vai perceber que a criança está preparada quando ela mostrar alguns sinais, como, gesticular ou falar, que está incomodada com alguma coisa e as vezes até falar que fez xixi ou cocô. Mostrar interesse ou curiosidade quando os pais estiverem no banheiro também pode significar certo preparo. Além disso, acordar frequentemente com a fralda seca é outro sinal de que ela está pronta.

3- Como fazer de maneira correta?

É muito importante respeitar o tempo da criança e ter muita paciência. Quando começar a desfraldar a criança, é necessário que ele aconteça sem interrupções. Tirar a fralda durante o dia só em casa, mas, quando for passear colocar a fralda novamente, pode confundir a criança, que ainda não tem noção dessas diferenças e com isso demorar mais que o esperado.

Uma ótima dica é anotar os horários que a criança faz xixi e cocô para levá-la ao banheiro sempre no mesmo horário. Iniciar o desfralde durante o verão pode ser melhor, pois, se caso acontecer um escape, no calor as calças molhadas se tornam menos incômodas. No geral, recomenda-se tirar primeiro as fraldas durante o dia, para depois, por volta dos 3 anos, dar início ao processo do desfralde noturno.

4- Como agir quando a criança faz nas calças?

Calma, não fique nervosa e nem dê bronca! A criança ainda está aprendendo e escapar de vez em quando pode acontecer. Neste momento chame a criança e peça que ela ajude a limpar a calcinha ou a cueca jogando o cocô na privada e se for xixi peça que ela tire a calcinha e se seque com papel higiênico. Aos poucos o número de vezes de escape vai diminuir até chegar no resultado esperado.

5- A escola pode ajudar no processo do desfralde?


Geralmente, há muita exigência por parte dos pais em casa, o que acaba não acontecendo na escola. A escola sempre será um aliado dá família e com o processo do desfralde pode ajudar bastante. Como lá todas as crianças estão passando pelo mesmo momento, ir ao banheiro se torna mais divertido e é visto com mais naturalidade, longe muitas vezes da ansiedade da mãe.

6- Como detectar se a criança tem algum problema no controle do xixi e cocô?


Se caso a criança já tiver 3 ou 4 anos, e estiver se desenvolvendo em várias outras áreas, adquirindo habilidades e mesmo assim não responde aos estímulos do processo de desfralde é importante procurar ajuda médica. Alguns problemas podem começar devido à ansiedade dos próprios pais. Perguntas como “Vamos fazer cocô?”, “Você quer fazer cocô?”, “Acho que a gente tem que ir fazer cocô…” essas falas em excesso podem acabar despertando na criança algum tipo de ansiedade causando angústia, que provavelmente causará um bloqueio.

No entanto ficar todo momento falando mal do cocô da criança, alegando o mau cheiro, mesmo que ironicamente, pode levar aos mesmos resultados. As crianças não entendem ainda essas brincadeiras. Com base nisso, ela só quer fazer cocô escondido, na fralda, e fica segurando até não aguentar mais, o que pode ressecar as fezes e causar a constipação, entre outras coisas.

Porém, é sempre bom lembrar que, no processo do desfralde, cada criança reage de um jeito, cada um tem seu tempo e a ansiedade por parte dos pais só pode atrapalhar nessa fase, mas, em caso de dúvida procure o pediatra.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUGN1X2xrcGYxOWs



Importância das frutas na infância

A alimentação infantil deve ser bem variada, desde o inicio da alimentação complementar, tanto em nutrientes quanto nos tipos dos alimentos, para que a criança conheça os vários sabores. Os hábitos, preferências e aversões a determinados alimentos são estabelecidos ainda na infância e levados até a fase adulta e sabendo que existe uma preferência inata pelo sabor doce as frutas tem seu consumo facilitado.

Atualmente com a preocupação de prevenção na infância das doenças crônicas, como a obesidade, o diabetes e as alterações do colesterol levando a dislipidemia e doenças cardiovasculares, as frutas tem um papel de destaque por atuarem como antioxidantes, ou seja, são protetoras das alterações lipídicas, previne o aumento do colesterol chamado LDL-c. As frutas são ricas em vitaminas, minerais, carboidratos e fibras devendo ser consumidas de três a cinco vezes ao dia para garantir uma alimentação saudável. Algumas frutas são ricas em ricas em gorduras poli-insaturadas, como as castanhas do baru e da macaúba; outras em vitamina A como o pequi, mamão, pitanga, acerola, maracujá; outras em vitamina C como o açaí, acerola, caju, araçá, goiaba; outras em ferro como o araçá, pinhão, baru, jenipapo; outras em cálcio como o açaí, macaúba, mangaba, jaca.

As pesquisas têm mostrado que o consumo de frutas, principalmente após os dois anos de idade tem diminuído muito, sendo substituída por alimentos pouco saudáveis, como os sucos artificiais e refrigerantes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada em 2009, com 60.973 estudantes entre 13 e 15 anos de escolas públicas e privadas das capitais brasileiras, revelou que o consumo quase diário ( 5 vezes na semana) de guloseimas (50,9%) foi superior ao consumo de frutas frescas (31,5%) em todas as cidades avaliadas. A PeNSE apontou, ainda, que as médias de consumo de frutas nas regiões Norte (25,3%) e Nordeste (26%) foram inferiores às das demais regiões, Centro-oeste (32,6%), Sudeste (35,3%) e Sul (31,9%).

Outro estudo investigando 234 escolares na faixa etária de 10-19 anos em escolas de ensino técnico de São Paulo, capital, encontrou mediana de consumo de porções diárias de frutas de 0,97, mostrando que 89% dos escolares ingeriam frutas abaixo do consumo estabelecido pelo Guia da Pirâmide Alimentar Brasileira (3 a 5 porções de frutas por dia).

As sociedades de pediatria (brasileira, americana e europeia) têm abolido o suco e reforçado o consumo da fruta, devido ao consumo dos sucos artificiais e mesmo os naturais são consumidos e grande quantidade. Sabe-se que a fruta contém açúcar e quando se faz o suco usa-se mais de uma fruta assim o consumo de açúcar aumenta, predispondo a criança à obesidade e ao diabetes, além de perder parte das fibras.

As frutas in natura devem ser oferecidas desde os seis meses de idade quando se inicia a
alimentação complementar, inicialmente sob a forma de papas, amassadas sempre em
colheradas e depois em pedaços ou inteira. O tipo de fruta a ser oferecido deverá respeitar as características regionais, custo, estação do ano e a presença de fibras, lembrando que nenhuma fruta é contraindicada, a não ser que a criança ou adolescente apresenta alguma doença que dificulte a eliminação dos produtos da fruta.

É importante higienizar adequadamente todos os alimentos antes do consumo. Para reduzir as contaminações por micro-organismos, deve-se usar uma solução de hipoclorito de sódio 2,5% (20 gotas de hipoclorito para 1 litro de água deixar as frutas, por 15 minutos). E para reduzir o risco de contaminação pelos agrotóxicos, deve-se preconizar a utilização de bicarbonato de sódio a 1% (1 colher de sopa para 1 litro de água, por 20 minutos).

Na tabela abaixo algumas frutas divididas por região, com suas principais características
nutricionais, em 100g do produto.







Cada fruta tem suas características nutricionais e sabor próprio. O consumo pode ser in natura isolada, em espetinho ou forma de salada. É importante variar os sabores e observar os nutrientes de cada fruta e assim suprir todas as necessidades das crianças e adolescentes.
 

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUTRtQXlKYjl1MVE


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